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NEUROPATOLOGIA - Um novo conceito em atendimento

14/07/2020 NEUROPATOLOGIA - Um novo conceito em atendimento

NEUROPATOLOGIA - Aspectos práticos da especialidade.

Por: Dr. Eduardo Morais de Castro, MSc, CRM 34576 - RQE 19116 - Médico Patologista, coordenador do Núcleo de Neuropatologia do Citolab Laboratório.

 

O sistema nervoso é dividido em central e periférico. O sistema nervoso central (SNC) é composto pelo encéfalo e a medula espinhal, os quais são envoltos pelas meninges.


Já o sistema nervoso periférico é composto por nervos, gânglios e terminações nervosas.

 

As lesões que acometem o sistema nervoso são de natureza diversa: neoplasias, infecções, doenças degenerativas, doenças vasculares, entre outras. O médico patologista tem papel fundamental, em especial, no diagnóstico de processos infecciosos e neoplásicos.


Essa atuação pode ocorrer no momento da cirurgia. O patologista pode ser requisitado para confirmar que a lesão foi de fato alcançada no momento da biópsia. 

Uma vez que o procedimento é delicado e complexo, a confirmação de que o neurocirurgião acessou a lesão pode evitar a necessidade de repeti-lo.

   

 

No contexto das doenças infecciosas, alguns agentes etiológicos podem ser reconhecidos pela coloração de rotina (hematoxilina e eosina). 

É o caso da toxoplasmose e da neurocisticercose. Alguns agentes, como fungos e BAAR, requerem a realização de colorações especiais (PAS, Grocott, Fite-Faraco). 

Os agentes virais, como herpes e citomegalovírus, geram inclusões nucleares características e sua presença pode ser confirmada pelo estudo imunoistoquímico

Com relação às neoplasias, elas são classificadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Os subtipos histológicos são diversos, uma vez que as neoplasias podem se originar de qualquer componente do sistema nervoso: neurônios, células da glia, meninges, entre outras.  

Além disso, o SNC é alvo frequente de metástases. Por isso, muitas vezes, é necessário complementar a avaliação anatomopatológica com o estudo imunoistoquímico. 

   

 

Essa ferramenta, além de auxiliar no diagnóstico, muitas vezes indica um tratamento específico ou prediz o prognóstico do paciente. 


É o caso de mutações no gene IDH1 e 2 (Isocitrato desidrogenase 1 e 2). A última classificação das neoplasias do SNC, publicada em 2016 pela OMS, subdivide alguns gliomas em IDH-mutado e IDH-selvagem (não-mutado). 

A importância dessa classificação reside no fato de que, quando se compara pacientes com um mesmo glioma, aqueles que possuem a mutação do IDH apresentam um melhor prognóstico, com melhores taxas de sobrevida. 

A maioria dos casos mutados podem ser detectados pela imunoistoquímica e alguns precisam de complementação por exames moleculares, especialmente em pacientes abaixo dos 55 anos de idade.

Também, a pesquisa da codeleção 1p/19q é hoje imprescindível para confirmar o diagnóstico dos oligodendrogliomas. (tumor originado nos oligodendrócitos, ou em células gliais precursoras).


Com técnicas refinadas, precisão e presteza, o NÚCLEO  DE NEUROPATOLOGIA do CITOLAB realiza:

Avaliação em exame intraoperatório de adequabilidade e representatividade da lesão;

Pesquisa de expressão de IDH1 (R132H), BRAF (V600E) e ATRX por estudo imunoistoquímico;

Pesquisa de codeleção de 1p/19q; imprescindível para o o diagnóstico de oligodendroglioma (OMS 2016)

Pesquisa de expressão hormonal por estudo imunoistoquímico em tumores hipofisários:

ACTH

FSH

GH

LH

prolactina

TSH

Pesquisa molecular de mutações em genes:

IDH1 e IDH2

PTEN

EGFR

Pesquisa de agentes infecciosos por técnicas técnicas histoquímicas (fungos, BAAR) e imunoistoquímicas (vírus: CMV, Herpes);

Pesquisa de amiloide pela coloração de Vermelho Congo.


 

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