
A autópsia de fetos, recém-nascidos e o exame anatomopatológico da placenta constituem ferramentas essenciais para o esclarecimento das causas do óbito perinatal. Trata-se de um procedimento altamente especializado, que integra análise macroscópica detalhada, estudo histológico minucioso e correlação completa com as informações clínicas e obstétricas fornecidas.
Mais do que um exame, é um instrumento de grande relevância médica e social, capaz de identificar condições maternas, fetais e placentárias que impactam desfechos gestacionais, auxiliando profissionais e famílias na compreensão dos fatos e favorecendo o adequado aconselhamento reprodutivo em gestações futuras.
Realizada em fetos com mais de 500 g, 20 semanas de gestação ou 25 cm de comprimento crânio-podálico, e em recém-nascidos, independentemente da idade gestacional ou peso ao nascer.
O exame compreende:
Avaliação macroscópica completa dos órgãos e estruturas anatômicas.
Estudo microscópico de múltiplos tecidos, com colorações especiais quando necessário.
Revisão de dados obstétricos, clínicos e laboratoriais, integrando achados morfológicos ao contexto clínico.
Elaboração do laudo necroscópico final, contendo diagnósticos anatomopatológicos e conclusões descritivas.
Este conjunto permite esclarecer malformações, infecções, hipóxia, doenças metabólicas, alterações placentárias e outras condições que possam ter contribuído para o desfecho.
A placenta é documento biológico fundamental. Seu estudo revela informações cruciais sobre a fisiologia gestacional, a interface materno-fetal e as condições que precederam o óbito.
Entre os principais objetivos, destacam-se:
Identificar infecções materno-fetais, processos inflamatórios e corioamnionites.
Avaliar insuficiência placentária, infartos, tromboses e alterações vasculares.
Investigar causas de restrição de crescimento, sofrimento fetal ou perdas gestacionais recorrentes.
Complementar e, muitas vezes, esclarecer definitivamente a causa do óbito fetal.
O estudo da placenta é recomendado em todas as investigações de morte perinatal.
Para garantir qualidade diagnóstica e validade legal, observam-se rigorosamente as seguintes orientações:
A análise somente atinge seu potencial quando acompanhada de informações completas sobre:
História obstétrica
Exames laboratoriais e ultrassonográficos
Eventos do parto
Intercorrências maternas e fetais
Tratamentos institucionais recentes
Declaração de Óbito (todas as vias) para natimortos com > 500 g, > 20 semanas ou ≥ 25 cm.
Registro de Nascimento e/ou Declaração de Nascido Vivo para recém-natos, independentemente do peso ou idade gestacional.
Quando houver dúvida quanto à possibilidade de evento violento, falha assistencial, ou circunstâncias que demandem investigação forense, o Instituto Médico-Legal deve ser acionado antes do envio ao laboratório.
Manter o corpo e/ou placenta refrigerados até o envio, evitando deterioração tecidual.
Caso haja intenção de realizar testes genéticos, como análise de DNA ou estudos de cromossomopatias, é imprescindível comunicação prévia, garantindo a coleta e preservação adequada das amostras.
Prestamos este serviço com a máxima responsabilidade ética, científica e humana. Cada caso é tratado com absoluto respeito, assegurando:
Rigor técnico e metodológico
Sigilo e integridade das informações
Relatório detalhado, elaborado por médicos patologistas especializados
Suporte ao médico assistente e à família, quando necessário
A autópsia fetal/neonatal e o exame da placenta permanecem entre os recursos mais poderosos para compreender os mecanismos da morte perinatal, orientar condutas futuras e promover cuidado de alta qualidade.
Informes Técnicos:Na dúvida, contatar nossa equipe.